Aumento abusivo, plano de saúde, reajuste plano de saúde, Direito do Consumidor, Creuza Almeida Advogado do Consumidor
Maria sempre prezou pela saúde de sua família e, por isso, contratou um plano de saúde há alguns anos. Recentemente, ao receber o boleto, levou um susto: a mensalidade havia aumentado em 70%. Será que esse reajuste é legal?
E se isto acontecer com você? Ao abrir a fatura do plano de saúde, um susto: o valor subiu muito mais do que você esperava! Você confere os documentos, tenta entender o motivo do reajuste, mas não encontra uma explicação clara. A mensalidade, que já pesava no orçamento, agora está quase impagável.
Se essa situação te é familiar, saiba que você não está sozinho! Muitos beneficiários de planos de saúde enfrentam aumentos abusivos, mas o que poucos sabem é que a Justiça tem decidido a favor dos consumidores.
Recentemente, uma beneficiária em São Paulo ganhou na Justiça o direito de receber de volta o valor pago a mais após um aumento exagerado. Isso significa que, se o seu plano subiu além do permitido pela ANS, você pode recorrer e até recuperar seu dinheiro! Veja mais abaixo esta decisão!
Quer saber como agir e evitar prejuízos? Então, continue lendo este artigo, porque vamos te explicar tudo sobre os seus direitos e o que fazer em caso de reajuste abusivo!
A ANS define anualmente um percentual máximo de reajuste para planos individuais e familiares. Esse índice é calculado com base em diversos fatores, como inflação e custos médicos.
Entre o período de maio de 2024 a abril de 2025 o reajuste autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar foi limitado a 6,91%.
Diferentemente dos planos individuais, os planos coletivos não são regulamentados da mesma forma, mas ainda devem seguir regras contratuais e agir de boa-fé. No entanto, a ausência de controle adequado pode levar a reajustes de preços excessivos, principalmente em planos de pequenas empresas ou associações.
Idosos e pessoas com problemas de saúde preexistentes enfrentam desafios com os planos de saúde, especialmente quando se trata de aumentos de preço. Os reajustes por faixa etária, que podem ser excessivos, e os aumentos para cobrir os custos de tratamentos relacionados à sua saúde são as principais preocupações.
É fundamental estar atento, pois nem todos os aumentos são justificados. Em algumas situações, eles podem ser considerados abusivos.
Os reajustes de mensalidades de planos de saúde individuais e familiares devem seguir os percentuais autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Com base nesse entendimento, em março de 2025, o Juizado Especial Cível e Criminal de Itanhaém (SP) determinou que uma operadora devolvesse os valores cobrados em excesso de uma beneficiária, após aplicar um reajuste superior a 68% em 2023, ultrapassando o teto da ANS.
Planos de saúde podem conter cláusulas complexas e, por vezes, abusivas. Uma assessoria jurídica especializada é essencial para garantir que seus direitos sejam respeitados e para orientá-lo nas ações necessárias contra práticas ilegais das operadoras.
Reajustes abusivos em planos de saúde são ilegais e lesam o consumidor. Se você suspeita que o aumento no seu plano de saúde foi injusto, o primeiro passo é procurar um advogado especializado. Ele irá analisar seu contrato e comparar o reajuste com as leis e práticas de mercado. Se o aumento for considerado abusivo, o advogado entrará com um processo judicial para tentar suspender o reajuste e obter o reembolso dos valores pagos a mais.